segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sobre o tão desejado Plano de Cargos e Salários dos Servidores da cidade do Rio de Janeiro

Gabriel Melgaço

Nas eleições municipais de 2012, um mantra pode ser ouvido por todos os candidatos, de todas as cores, de todos os lados. Nada me dá mais medo do que o som uníssono que emana do interior do mostro político. O que me faz lembrar uma história, aterrorizante, mas perfeitamente adequada ao caso. Não lembro onde a ouvi, mas nunca mais esqueci.

É o conto “A MÃO DO MACACO”, onde uma família recebe de presente uma mão mágica de uma espécie rara de um macaco, com poderes para realizar 5 pedidos. A cada pedido, a mão do macaco fechava um dedo.

Pois bem, no último desejo, a família é abalada por uma morte trágica. O filho mais novo sofre um terrível acidente na fábrica em que trabalhava e acaba triturado por engrenagens da fábrica. O choque foi tremendo, a comoção foi geral.

Ao retornar do velório, a pobre mãe, desolada, descontrolada, segura a mão do macaco e de maneira descuidada pede que seu filho volte para casa. A mão do macaco se fecha, e o silêncio se faz.

Horas depois, o silêncio da vizinhança é interrompido por gritos pavorosos de dor, era o corpo do filho, completamente mastigado, cambaleando e gritando: MÃE, MÃE, MÃE EU ESTOU AQUI!

Muito cuidado com o que devemos pedir principalmente se entregamos em mãos descuidadas, aquilo que realmente pretendemos. No caso o PCCS.

Os servidores não podem esperar em berço esplêndido a elaboração do PCCS pelo governo, tampouco, pela oposição, como se fossemos o povo hebreu aguardando Moisés descer do monte. NÃO.

Vindo do governo, o PCCS pode se tornar em algo bem amargo, assim como Cabral vem fazendo com seus servidores, suprimindo direitos históricos e extinguindo cargos sem o menor pudor. O risco de tal tragédia se abater sobre os servidores do RIO é grande, uma vez que nosso Alcaide segue agindo como uma máquina de fotocopia do governo estadual.

Também esperar um PCCS maravilhoso das mãos do herói do momento, é deixar nossa vida funcional nas mãos de pseudo-heróis que podem flertar com populismos, hipocrisias e favorecimentos idênticos aos penduricalhos que tanto rejeitamos.

Sendo assim, para se ter um PCCS decente, não devemos exigir que façam nada. NÓS DEVEMOS NOS ORGANIZAR PARA ELABORAR UM PLANO DIGNO E QUE ATENDA AS NOSSAS NECESSIDADES E CONFORME NOSSAS EXPECTATIVAS! MÃOS A OBRA E UNI-VOS!

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